Mirra

Nomes comuns: Mirra; Mirra-arábica;

Nome científico: Tetradenia riparia ou Commiphora myrrha

Família: Burseraceae

Categoria: Flores

Distribuição: Nativa de regiões áridas da África e da Península Arábica. No Brasil, ela floresce com facilidade, devido ao seu clima tropical e à grande luminosidade solar na maioria das regiões.

 

Período de floração: Se dá nos meses de inverno (junho a setembro)

 

Características: A mirra planta é uma árvore espinhosa de pequeno porte, com altura média variando entre 3 e 5 metros. Suas folhas são pequenas e compostas, e a casca possui uma cor marrom-acinzentada. A árvore expele uma resina aromática quando a casca é ferida, o que é uma resposta natural de proteção contra insetos e outros danos e, quando seca, assume a forma de pequenas lágrimas de cor marrom-avermelhada. A resina é inflamável e queima facilmente.

 

Uso: A ampla utilização na Antiguidade foi um testemunho da popularidade da Mirra. Os egípcios queimavam a Mirra, conhecida como phun, diariamente ao meio-dia como parte de seu ritual de adoração ao sol. Eles também a combinavam com o coentro e o mel, formando um unguento para tratamento do herpes. A Mirra também era empregada na mumificação dos nobres e em cosméticos, especialmente em máscaras faciais.

Hoje, seu nome é amplamente associado à resina aromática produzida por suas cascas, que é altamente valorizada por suas aplicações medicinais e rituais há milhares de anos. As lágrimas extraídas da casca são amplamente utilizadas em diversas culturas, seja como incenso em rituais religiosos, especialmente nas religiões do Oriente Médio; para perfumar ambientes ou em práticas medicinais tradicionais. A resina de mirra é amplamente utilizada na medicina tradicional de várias culturas antigas. Ela é valorizada por suas propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias e antioxidantes. A mirra também é conhecida por suas aplicações no tratamento de problemas de pele, como cortes, feridas e inflamações, devido ao seu potencial de cicatrização.

As religiões também observaram o poder da Mirra em seus processos de defumação. Dizem os erveiros que, quando queimada, a resina solta uma energia avermelhada que ajuda a purificar os ambientes, prolongando a sensação de profundo bem-estar.

 

Curiosidades: O livro de Ester revela seu uso na purificação das mulheres e mostra que, quando José foi vendido por seus irmãos para a caravana israelita, seus camelos estavam transportando goma, bálsamo e mirra para o Egito. Os soldados gregos levavam um frasco de mirra para as batalhas – suas propriedades antissépticas e anti-inflamatórias ajudavam a controlar o sangramento das feridas. A mirra foi um dos presentes oferecidos ao menino Jesus (Mateus 2:11) em seu nascimento e também lhe chegou à boca, misturado com o vinho, quando na cruz (Marcos 15:23). No simbolismo, os 3 presentes dados ao menino Jesus pelos Reis Magos significavam: o Ouro (proteção ao sofrimento pela matéria física); Mirra (proteção da amargura do ser pelo mental) e o Incenso – Olíbano (proteção do sofrimento pelos desejos, aspirações e sonhos do homem).

Usado há mais de 4.000 anos. Os egípcios antigos a empregavam em seu incenso Kyphi, incluído também no antigo e popular perfume grego, megaleion. Afirma-se que foi um dos materiais usados pela Rainha de Sabá para seduzir o Rei Salomão.

 

Fontes: https://www.westwing.com.br/guiar/mirra-planta/

https://www.incensofenix.com.br/mirra-in-natura-35g

https://www.bysamia.com.br/oleo-essencial-de-mirra-5ml/p

https://sitiodamata.com.br/mirra-tetradenia-riparia.html