Vetiver

Nomes comuns: Vetiver; Capim Vetiver; Capim-de-cheiro; Capim-cheiroso; Grama-cheirosa; Grama-das-índias; Falso-pachuli; Pachuli; Raiz-de-cheiro; Patcholi; Patchuli (embora não seja o verdadeiro patchuli); Capim-barata; Khus-khus; Khaskhas.

Nome científico: Chrysopogon zizanioides

Família: Poaceae

Categoria: Arbustos

Distribuição: Originária da Ásia, utilizada por povos deste continente há mais de dez mil anos. No Brasil, o vetiver é encontrado desde o Amazonas até São Paulo.

 

Período de floração: Verão

Período de colheita: De plantado na estação chuvosa, a colheita coincidirá com o outono e com o inverno, que é o melhor período, pois arrancar o Capim com chuvas prejudica o rendimento e a qualidade do óleo.

 

Características: É uma planta cespitosa, ou seja, forma touceiras e não apresenta estolões ou rizomas. Suas raízes são muito diferentes das raízes da maioria das gramíneas, pois elas são muito longas e atingem as camadas mais profundas do solo, chegando de 3 a 6 metros de profundidade. As touceiras são eretas, com hastes longas e fortes, e folhas longas, resistentes, que alcançam 1,5 metros de comprimento com facilidade. As inflorescências são longas, com espiguetas com um par de flores, sendo a superior hermafrodita e a inferior masculina. O conjunto da inflorescência é muito ornamental, surgindo acima da folhagem, com aspecto de pluma e cor arroxeada. Apesar das belas flores, o vetiver não produz sementes férteis.

O plantio pode ser realizado durante todo o ano, mas preferencialmente deve ser feito na época chuvosa para multiplicação das plantas e no período seco para proteção de encostas, para que no período chuvoso as mudas já estejam enraizadas e a encosta devidamente protegida.

 

Uso: A importância econômica do vetiver se concentra nas raízes. Delas é extraído um óleo de cor âmbar, de perfume marcante, doce e amadeirado, com excelente capacidade de fixação e utilizado tradicionalmente em perfumaria, produtos de higiene, aromaterapia e até como repelente. Além disso, esse óleo também tem uso medicinal e suas folhas são utilizadas em obras de bioengenharia na forma de telhados e tijolos de adobe. Também é usado no paisagismo, no entanto, é preciso que o profissional saiba combinar essa gramínea, de textura, porte e arquitetura interessantes, de forma que o jardim não fique com aspecto de abandonado. Ele pede espaços abertos e pode ser plantado isolado ou em linhas, formando densos renques. Como suas raízes são profundas, ela é muito tolerante à estiagem.

 

Curiosidade: Algumas das características do vetiver fazem desta planta um excelente meio de controlar a erosão nos climas mais quentes. Ao contrário das outras ervas, ele não ganha raízes horizontais, crescem quase que exclusivamente na direção vertical para baixo. O plantio de cordões do vetiver tem se mostrado eficiente na conservação do solo e da água em várias regiões do mundo, devido à elevada resistência ao arrancamento pelas enxurradas, característica proporcionada pelo seu extenso e resistente sistema radicular, que estabiliza a planta e agrega o solo. Em virtude de seu rápido crescimento, formam-se rapidamente densas touceiras que criam barreiras às enxurradas.

Pesquisas mostraram que esta espécie é também capaz de recuperar áreas degradadas com o aumento da agregação do solo e o consequente aumento da infiltração da água e redução das enxurradas.

 

Fontes: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/921075/1/CIT31CNPAB.pdf

https://www.jardineiro.net/plantas/vetiver-chrysopogon-zizanioides.html

https://www.viveiroreflorestar.com.br/novidades?codigo=000018

https://www.lideragronomia.com.br/2012/07/vetiver.html

https://vetiverbr.blogspot.com/p/caracteristicas_23.html

https://deflor.com.br/vetiver/